21/05/2025 - 15:26
- Por ASCOM
A Câmara Municipal de Santa Rita promoveu, nesta quarta-feira (21), uma audiência pública para discutir a prestação de serviços da Águas do Nordeste (ANE) no município. A iniciativa, proposta pelo presidente da Casa, vereador Epitácio Viturino, reuniu moradores, representantes de ONGs, entidades civis e vereadores para debater as principais queixas da população em relação à empresa responsável pelo abastecimento de água e saneamento na cidade.
“Nosso papel é esclarecer pontos que geram dúvidas, que incomodam a população. É essencial que possamos trazer informações claras sobre o contrato, sobre as cobranças, e que estejamos disponíveis para responder aos questionamentos que surgem, como representantes legítimos do povo”, destacou o presidente da Câmara, Epitácio Viturino, ao abrir a audiência.
A sessão foi marcada por críticas e relatos de dificuldades enfrentadas pela população, como valores elevados nas contas, qualidade da água, falhas na cobrança de esgoto e até situações em que as faturas não condizem com o consumo real dos moradores.
A vereadora Josicleide Vicente (Cleidinha de Digão) relatou que a primeira reclamação recebida em seu mandato foi relacionada à ANE.
“Eu nunca vou cansar de dizer que estou aqui por missão, não por trabalho. E meu compromisso com essa Casa é trazer as demandas do povo. A ausência do Poder Executivo e de secretarias responsáveis neste momento tão importante precisa ser registrada”, afirmou.
Já o vereador Alysson Gomes defendeu uma revisão contratual com a ANE, cobrando mais equilíbrio nas tarifas e mais transparência.
“Essa audiência é só o começo. O povo de Santa Rita não aguenta mais pagar o que está pagando. Precisamos sentar com o Poder Executivo e achar soluções. Isso aqui não é política, é humanidade”, declarou.
Durante a audiência, Adriano Pavezi, representante da ANE, respondeu aos questionamentos. Ele afirmou que a empresa segue regras contratuais e é fiscalizada por uma agência reguladora. Explicou que os reajustes nas tarifas seguem índices como a tarifa de energia, o INCC (Índice Nacional de Construção Civil) e o IGPM.
“A tarifa mínima praticada hoje é de R$ 53, e qualquer alteração no consumo é medida pelo hidrômetro instalado nas residências. Quando identificamos inconsistências, nossas equipes vão até os imóveis para verificar possíveis causas do aumento”, pontuou Pavezi.
O representante da ANE também citou que a empresa está aberta ao diálogo e vem tentando atender às solicitações da população sempre que possível.
A audiência foi encerrada com o compromisso da Câmara de acompanhar de perto os desdobramentos do debate, além de encaminhar sugestões e cobranças aos órgãos competentes, incluindo o Executivo municipal. A expectativa é que o evento seja um ponto de partida para a revisão de práticas e contratos que afetam diretamente o cotidiano dos santarritenses.